o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp) criticou, na quinta-feira (22), a decisão do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), de só liberar aulas presenciais para alunos do ensino médio a partir de 3 de novembro.
De acordo com reportagem do portal Terra, o Sindicato teme que um adiamento das atividades regulares nas escolas de educação infantil leve a um cancelamento ainda maior de matrículas. Para o ensino médio, não haverá limite de porcentagem de alunos para volta às aulas, mas para os ensinos infantil e fundamental, serão permitidos, no máximo, 20% dos alunos por dia. De acordo com a entidade, a liberação só do ensino médio vai quebrar colégios de educação infantil e desencorajar os pais.
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O argumento da Prefeitura para justificar o retorno apenas para o ensino médio foi de que os jovens dessa etapa já estão em circulação pela cidade e, portanto, a volta teria menos impacto na transmissão do coronavírus na cidade.
De acordo com Benjamin Ribeiro, presidente do Sieeesp, a volta dos alunos do ensino médio é a menos necessária, porque os maiores, a partir de 8 anos, interagem muito bem com a aula online. Segundo ele, o adiamento do retorno na educação infantil vai acabar de quebrar as escolas.
A entidade calcula que 30% dos colégios de educação infantil já fecharam por causa da pandemia.